06 Mai 2024
A Convenção Geral da Igreja Metodista Unida (IMU) dos Estados Unidos revogou, na quarta-feira, 1º de maio, a proibição de pessoas LGBTQ exercerem a função de ministros da palavra, a proibição de celebrarem casamento de pessoas do mesmo sexo. Ela altera a declaração de 1972 do seu Livro de Disciplina definindo que a homossexualidade é “incompatível com o ensino cristão”.
A reportagem é de Edelberto Behs.
A bispa homossexual Karen Oliveto, da Igreja de Mountain Sky Area, perguntou aos convencionais se eles estavam “dispostos a tornar o amor de Deus visível em tudo o que fazem” e se encontrariam e serviriam Jesus nos excluídos, mencionando-os: sem-teto, pobres, presos, órfãos, solitários, pessoas sem instrução e exemplos da comunidade LGBTQ. Ela indagou: “Você está disposto a encontrar e servir Jesus no clero queer que tem sido fiel ao chamado de Deus, mesmo quando a Igreja tenta negar esse chamado?”
O mais alto tribunal da IMU, o Conselho Mundial Metodista Unido, decidiu em 2017, por seis votos a três, que a eleição de Oliveto para o bispado era inválida e apelou ao início de processo para destituí-la do cargo.
Na Convenção deste ano, reunida em Charlotte, na Carolina do Norte, delegados e delegadas à Convenção aprovaram a alteração disciplinar por 692 contra 51 votos. Muitos conservadores, informa a AP, que defendiam a proibição abandonaram a IMU nos últimos anos, assim que a Convenção avançasse agora no tema. A medida entrará em vigor imediatamente após o encerramento da Convenção, nesta sexta-feira.
Agora, “as pessoas podem cumprir plenamente o seu chamado sem medo”, declarou Oliveto, segundo o portal The Christian Post. Entre 2019 e 2023, mais de 7,6 mil congregações estadunidenses desfiliaram-se da IMU por não aplicar as proibições previstas no Livro das Disciplinas, e aderiram à Igreja Metodista Global, teologicamente conservadora.
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Igreja Metodista dos EUA altera constituição e aceita clero homossexual - Instituto Humanitas Unisinos - IHU